Pilotar um avião sempre foi um sonho entanto para mim e continua sendo. Quando eu era menor sonhava em construir um avião. Eu imaginava que um avião fosse formado por poucas peças e que fosse simples de se fazer. Minha mente ingenua acretiva que meus simples desenhos em folhas de papel ofício fossem projetos muito complexos que poderiam servir de exemplo a grandes projetistas. Aos poucos fui crescendo. Comecei a ter noção de quanta complexidade e tecnologia eram necessárias para que um avião pudesse voar. Quando estava um pouco maior e um pouco mais velho eu já tinha um conhecimento básico sobre aviões. Comecei a me interessar por mapas e a conhecer os recursos mais básicos presentes em um.
Meu pai sabendo do meu interesse por aviões comprou quatro passagens aéreas para o Rio de Janeiro. Uma para mim, uma para minha irmã, uma para minha mãe e outra para ele. Desde que fiquei sabendo da viagem não havia sequer um minuto em que eu não estivesse falando dela. Quando o grande dia de viajar chegou, tive que acordar cedo, mais ou menos umas 5 horas da manhã. Quando a escuridão da madruga deu lugar a bela manhã ensolarada daquele dia, avistei a beira da estrada uma placa que indicava o sentido a ser seguido para chegar ao aeroporto. Com muita atenção e cuidado eu monitorava meu pai para que eu tivesse certeza de que não estivesse seguindo o caminho errado.
Dentro do aeroporto existiam várias janelas para que as pessoas pudessem enxergar os aviões. Enquanto meu pai, minha mãe e minha irmã aguardavam sentados, eu aguardava olhando as aeronaves que estavam guardas no pátio do aeroporto. Derrepentemente um dos guinchos usados para puxar os aviões para dentro da pista apareceu em meio as enormes aeronaves e começou a puxar um dos aviões ali estacionados. A voz vinda do auto-falante anunciava a partida do voo dentro de 10 minutos. Meu pai vendo o quanto estava impressionado vendo o guincho puxando o avião, esperou ser o ultimo da fila para que eu pudesse ver por mais alguns instantes aquele fato. Quando já não era mais possível esperar entramos no túnel que ia em direção a aeronave. Dentro do avião, sentamos em nossas poltronas, o comandante ordenou que colocássemos os cintos de segurança e em seguida uma mulher verificou se os passageiros do avião haviam obedecido o comandante.
Em pouco tempo a aeronave começou a andar lentamente sobre a pista do aeroporto e se dirigiu a pista que estava ao lado. Quando o avião finalmente chegou na pista em que deveria decolar pegou velocidade rapidamente. Estávamos sentados numa janela que ficava um pouco atrás das asas. O tamanho da janela foi a única coisa que me decepcionou naquele dia. Já a uma velocidade bastante rápida uma parte das asas se levantou e em seguida a aeronave se inclinou para decolar. No inicio da decolagem o avião parece ganhar altura muito rapidamente mas, a media que ia subindo parecia perder a velocidade.
Quando voávamos em meio as nuvens a única coisa que se via pela janela era a cor branca. Na maioria do tempo voamos acima das nuvens. Voar acima das nuvens era fantástico, parecia que estivéssemos sobrevoando um lugar coberto por neve. Ao decorrer da viagem meu pai chamou uma aeromoça e pediu permissão para que entrasse na cabine do piloto junto comigo. A aeromoça foi perguntar ao piloto que aprovou. Quando entrei na cabine me impressionei com a quantidade de botões e relógios que haviam lá dentro, então percebi quanto um avião era complexo e difícil de se fazer. Voltamos as nossas poltronas e eu continuava admirando a paisagem pela pequena janela do avião. Mais ou menos uma hora depois o avião começou a pousar. Pela pequena janela eu acompanhava absolutamente tudo o que acontecia. Nunca mais entrei num avião desde então, quer dizer somente quando voltamos do Rio de janeiro. Sei que talvez eu viaje muitas vezes de avião na minha vida mas, eu tenho certeza que nenhuma viagem me surpreenderá tanto quanto aquela me surpreendeu.
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